27/02/08

Para a Morte e Ressurreição: SEMANAS 4ª e 5ª. Com o evangelho de João aproximamo-nos da HORA

QUINTA-FEIRA V

ANTES DE ABRAÃO, EU SOU

A liturgia vai-nos apresentando progressivamente a oposição entre Jesus e o seu povo. O evangelista vai-nos revelando também progressivamente, o mistério profundo de Jesus: antes que Abraão tivesse nascido, Ele já era o "EU SOU". Estas revelações de Jesus afiançam a nossa FÉ n’Ele.

SEXTA-FEIRA V
TENTAVAM PRENDÊ-LO

Como os judeus, às vezes queremos prender Deus, e Ele escapa-Se-nos. Se nos detivermos, é Deus quem nos toma. Nestes dias "deixemo-nos apanhar por Cristo".

SÁBADO V
É MELHOR QUE MORRA

Caifás hoje faz a profecia: "é melhor que morra pelo povo". Jesus está a ponto da doação absoluta. Sintonizamos com ELE? Ponhamo-nos a seu lado com humildade e serenidade, sendo pessoas "segundo o seu coração".

24/02/08

Preparação para receber o Sacramento da Reconciliação

Estamos na Quaresma, por isso, partilho convosco este Folheto de Preparação para a Confissão (clica aqui).

" Àqueles a quem perdoardes os pecados , ser-lhe-ão perdoados ; àqueles a quem os retiverdes , ser-lhe-ão retidos . " Jo 20,23

23/02/08

A ÁGUA

Hoje a samaritana leva-nos a falar da água. Jesus pede água.
Mas também temos bem diante dos olhos as cheias da zona de Lisboa, de há 8 dias.
Águas avassaladoras com destruição e morte.

Que sentido tem a água na nossa vida? A água lembra-nos muitas coisas.

Sem água não há vida. É na água que se iniciou a vida e é ela que a possibilita e sustenta até hoje.

A água é um presente de Deus às suas criaturas. S. Francisco até a trata por Irmã. Irmã útil, humilde, preciosa e pura.

Água que nos cria, nos mata a sede, nos lava o corpo…chuvas que caiem dos céus, refrescando-nos, correndo, mansa e benfazeja, pelos sulcos da terra, rios que serpenteiam pelos vales, mares que enchem abismos. Os ¾ da superfície da terra estão cobertos de água. O nosso corpo é, na maior parte (60 %), de água. A água é origem e berço, é fonte de vida. “Água fria em terra quente, arranca a vida da semente”. É ela que mantém as funções vitais de todos os seres vivos.

As águas podem ser suaves e terríveis, humildes e portentosas, cristalinas e obscuras, preciosas e estarrecedoras, força misteriosa. A água inunda e destrói, mas também lava e purifica. Alerta-nos para os nossos descuidos, a poluição e indiferença para com as águas dos ribeiros, das fontes, dos rios e mares.

Faz-nos baixar os olhos em humilde admiração e suscita em nós a gratidão ao Criador pela sua bondade.

Pela água das azenhas e das barragens a técnica humana gera energia que facilita a vida, a luz que vence a noite e força que movimenta a modernidade.

A água encanta poetas, inspira artistas, distrai as crianças e desperta a Fé.

Faz-nos lembrar o dilúvio e o baptismo.

Traz-nos à memória de crentes as águas do Mar Vermelho, sinal de libertação e vida nova para o povo hebreu; as águas do Rio Jordão e o Baptismo de Jesus onde se revelou “o Filho muito amado de Deus”.

Recorda-nos a conversa de Jesus com Nicodemos: “Quem não nascer da Água e do Espírito não entrará no Reino de Deus” (Jo. 3,5). Apresenta-nos a Fonte baptismal.

A água é símbolo da vida nova que é transmitida ao baptizado. É também neste sentido que o sacerdote, no momento da apresentação das oferendas, junta gotas de água ao vinho: o povo de Deus, salvo pelas águas do baptismo, pela fé no sangue redentor, une-se a Cristo.

Voltando à samaritana: Jesus pede-lhe água, mas oferece-lhe outra água “Se tu conhecesses o dom de Deus”.

Em todos nós há uma samaritana, porque todos os dias procuramos no poço das nossas rotinas a água que não mata a sede.

A Quaresma desperta-nos para a Fonte de água que é Cristo.


P. Batalha, in Farol (Paróquias de Sta. Bárbara e de Ribamar)

22/02/08

Experiência de sentir-se amada é essencial para criança

Segundo o arcebispo de Uberaba (Brasil), para haver uma pessoa equilibrada emocionalmente, é preciso que ela faça uma experiência concreta de se sentir amada; especialmente no tempo de infância.

«O sentir-se amada e poder amar é o que dá como resultante uma criança feliz», destaca Dom Aloísio Roque Oppermann.

De acordo com o arcebispo, «esta situação é a maior garantia de se formar uma pessoa normal para o resto da vida».

Por isso a importância da família -considera Dom Aloísio: «De um casal, unido pelo amor, fortalecido pela graça divina, é que brota uma humanidade capacitada para encontrar o sentido da vida».

O arcebispo considera que os jovens, namorados ou noivos, «devem pretender formar uma família cristã, abençoada por Cristo, que os capacite a fazer a experiência profunda do amor criativo».

Mas, para além de uma «boa família», Dom Aloísio explica que o ser humano precisa de ter a experiência religiosa.

«É ela que nos mostra que Deus é justo e leal, ama a verdade e a justiça, é amigo fiel. É tão bom descobrir que o Criador tem planos exclusivos para cada pessoa, e que um dia, nos quer juntos a Si para sempre.»

Segundo o prelado, «esse amor eterno é tão real que o bom Pai nos enviou Jesus, para ser nosso irmão e salvador».

«Nele nós compreendemos nossa importância e aquilo que Ele espera de cada um de nós. Isso plenifica o coração humano. Enche-nos de auto-estima», afirma.

in ZENIT

21/02/08

Amigo



Feira na Quinta

O Pe. Carlos Azevedo enviou-me um mail-convite para uma uma "feira" no centro da Comunidade na Sapataria perto de Torres Vedras, para vender várias coisas.
Será não só pelas compras mas também pelo passeio.
Quem puder, não deixe de por lá passar.


20/02/08

Bento XVI: orientações para superar a crise da vida consagrada

CIDADE DO VATICANO, terça-feira, 19 de fevereiro de 2008.
Publicamos o discurso que Bento XVI dirigiu esta segunda-feira, 18 de fevereiro, aos membros do Conselho Executivo das Uniões Internacionais dos Superiores e Superioras Maiores, reunidos no Vaticano para refletir sobre «alguns aspectos particularmente atuais e importantes da vida consagrada».
***

Caros irmãos e irmãs,

no término desta manhã de reflexão comum sobre alguns aspectos particularmente actuais e importantes da Vida Consagrada neste nosso tempo, quero, antes de tudo, agradecer ao Senhor, que nos ofereceu a possibilidade deste encontro muito profícuo para todos. Tivemos chance de analisar as potencialidades e as expectativas, as esperanças e as dificuldades que encontram hoje os Institutos de Vida Consagrada. Escutei com grande atenção e interesse os vossos testemunhos, as vossas experiências e tomei nota das vossas perguntas. Percebemos todos como na moderna sociedade globalizada se torna sempre mais difícil anunciar e testemunhar o Evangelho. Se isto vale para todos os baptizados, com maior razão é real para as pessoas que Jesus chama de modo mais radical através da consagração religiosa. O processo de secularização que avança na cultura contemporânea não respeita, de facto, infelizmente, nem mesmo as comunidades religiosas.

Não se pode, todavia, deixar-se tomar pelo desencorajamento, porque se hoje, como foi oportunamente recordado, não poucas nuvens se adensam no horizonte da vida religiosa, por outro lado, estão emergindo e em constante crescimento sinais de um providencial despertar, que suscita motivos de consoladora esperança. O Espírito Santo sopra fortemente em todo lugar na Igreja, suscitando um novo empenho de fidelidade nos Institutos históricos e junto a novas formas de consagração religiosa em consonância com as exigências do tempo. Hoje, como em toda época, não faltam almas generosas dispostas a abandonar todos e tudo para abraçar Cristo e seu Evangelho, consagrando a seu serviço sua existência em comunidades marcadas pelo entusiasmo, generosidade e alegria. Aquilo que caracteriza estas novas experiências de Vida Consagrada é o desejo comum, partilhado com pronta adesão, de pobreza evangélica praticada de modo radical, de amor fiel à Igreja, de generosa dedicação ao próximo necessitado, com especial atenção por aquela pobreza espiritual que caracteriza de maneira marcada a época contemporânea.

Muitas vezes eu - como também os meus venerados Predecessores - quis reafirmar que os homens de hoje sentem um forte apelo religioso e espiritual, mas estão prontos a escutar e seguir só quem testemunha com coerência a própria adesão a Cristo. E é interessante notar que estão ricos de vocações justamente aqueles Institutos que têm conservado ou escolheram um estilo de vida geralmente muito austero, e de todas as formas fiéis ao Evangelho, vivido “sine glossa”. Penso em tantas comunidades fiéis e nas novas experiências de Vida Consagrada que vós bem conhecestes; penso no trabalho missionário de muitos grupos e movimentos eclesiais dos quais brotam não poucas vocações sacerdotais e religiosas; penso nos jovens que abandonam tudo para entrar em mosteiros e conventos de clausura. É verdade – podemos dizer com alegria – também hoje o Senhor continua a mandar operários para sua vinha e a enriquecer seu povo com tantas e santas vocações. Por isto o agradecemos e pedimos para que ao entusiasmo das escolhas iniciais – muitos jovens, de facto, assumem o sentido da perfeição evangélica e entram em novas formas de Vida Consagrada após comoventes conversões –, para que, dizia, ao entusiasmo das escolhas iniciais siga o empenho da perseverança em um autêntico caminho de perfeição ascética e espiritual, num caminho de verdadeira santidade. (...)

Entrando no terceiro milénio, meu venerado predecessor, o Servo de Deus João Paulo II, convidou toda comunidade eclesial a “partir novamente de Cristo” (Carta Ap. Novo millennio ineunte, n. 29 e ss.). Sim! Também os Institutos de Vida Consagrada, se quiserem manter ou reencontrar sua vitalidade e eficácia apostólica, devem continuar a “partir novamente de Cristo”. É Ele a rocha firme sobra a qual deveis construir vossas comunidades e todo vosso projecto de renovação comunitária e apostólica.

Caros irmãos e irmãs, obrigado de coração pelo cuidado que vós colocareis em cumprir o vosso difícil serviço de guia das vossas famílias religiosas. O Papa está junto de vós, encoraja-vos e assegura às vossas comunidades uma quotidiana lembrança na oração. Terminando este nosso encontro, quero ainda uma vez saudar com afecto o cardeal secretário de Estado e o cardeal Franc Rodé, como também cada um de vós. A vós peço, por outro lado, que levem a minha saudação a todos os vossos irmãos e irmãs, com um pensamento especial para os anciãos que serviram bastante os vossos Institutos, os enfermos que contribuem com a obra da redenção com o seu sofrimento, os jovens que são a esperança das vossas Famílias religiosas e da Igreja. Todos vos confio à materna protecção de Maria, modelo excelso de vida consagrada, enquanto cordialmente vos abençoo.

© Copyright 2008 - Libreria Editrice Vaticana]

18/02/08

Sobre o Kosovo

Santa Sé pede prudência, em particular aos políticos, para evitar reacções extremistas que provoquem violência.

Após a proclamação de independência por parte de Kosovo, a Santa Sé fez um apelo à prudência, em particular aos políticos sérvios e kosovares, para evitar reacções extremistas que provoquem violência.

Numa nota publicada pelo da «Rádio Vaticano», o Pe. Federico Lombardi S.J., director da Sala de Informação da Santa Sé, apresentou a posição do Vaticano sobre esta questão.

«A declaração unilateral de independência de Kosovo, que se baseia nas recomendações do plano do mediador das Nações Unidas, Martti Ahtisari, cria uma nova situação, que naturalmente será seguida com grande atenção pela Santa Sé, que terá de avaliar as possíveis petições que se lhe possam apresentar», explicou o porta-voz.

Da mesma forma que para as restantes capitais do mundo, à Secretaria de Estado da Santa Sé chegará o pedido do autoproclamado governo de Kosovo para ser reconhecido diplomaticamente.

«Mas neste momento – sublinha – a Santa Sé sente antes de tudo a responsabilidade da sua missão moral e espiritual, que afecta também a paz e a ordem nas relações entre as nações e, portanto, convida todos, em particular os responsáveis políticos da Sérvia e do Kosovo, à prudência e à moderação, e pede um compromisso decidido e prático para evitar reacções extremistas e degenerações violentas, de maneira que se ponham já desde agora as premissas para um futuro de respeito, de reconciliação e de colaboração».

Segundo o comunicado do vaticano, «dever-se-á prestar atenção à salvaguarda da democracia e ao estado de direito, e também em Kosovo terão de se aplicar os padrões internacionais de respeito dos direitos das minorias e de todos os habitantes, sem distinções de etnia, de religião, de idioma ou de nacionalidade, e vigiar pela protecção do precioso património artístico-cultural cristão».

Igrejas e mosteiros cristãos ortodoxos sérvios foram atacados nos últimos anos por radicais do Kosovo.

«Deve-se promover a estabilidade na região com todo o empenho e, por isso, deseja-se contar também com a importantíssima contribuição da comunidade internacional», considera a Santa Sé.

CIDADE DO VATICANO, domingo, 17 de fevereiro de 2008

Para entrar na vida eterna deve-se seguir Jesus na cruz

Comentário de Bento XVI ao Evangelho do 2º Domingo da Quaresma, no Angelus dominical

***

O Papa chegou a esta conclusão ao comentar com os peregrinos, congregados na praça de São Pedro no Vaticano, o Evangelho deste Domingo, a Transfiguração no monte Tabor, depois de ter terminado a semana anual de exercícios espirituais.

Como «ponto crucial» desta passagem evangélica, o Santo Padre apresentou a Transfiguração, como algo que «antecipa a ressurreição, mas esta pressupõe a morte».

«Jesus manifesta aos apóstolos a sua glória para que tenham a força de enfrentar o escândalo da cruz e compreendam que é necessário passar através de muitas tribulações para chegar ao Reino de Deus», lembrou.

Recordando que na passagem evangélica se ouve o eco da voz do Pai que pede para escutar Jesus, seu Filho predilecto, o bispo de Roma acrescentou: «Para entrar na vida eterna é necessário escutar Jesus, segui-l'O pelo caminho da cruz».

Deste modo, é possível seguir «levando no coração a esperança da ressurreição».

E fazendo referência à sua última encíclica, «Spe salvi», «Salvos na esperança», reconheceu: «hoje podemos dizer: “Transfigurados na esperança”».

Deste modo, disse, a liturgia apresenta na Quaresma «toda a estrutura da vida cristã, que consiste essencialmente no dinamismo pascoal: da morte à vida».

17/02/08

Oração pela Igreja

Suba até vós,
Pai Omnipotente,
a oração deste povo
que filialmente Vos adora,
celebra e ama.
Confirmai, Senhor, a nossa fé.
Concedei-nos a força
de a professarmos com sinceridade
e a difundirmos
com entusiasmo entre os homens,
Vossos filhos e nossos irmãos.
Dai-nos, Pai Clementíssimo,
a esperança que não engana
e que nos garante o ministério
da Igreja Santa do Vosso Filho
e Senhor Nosso Jesus Cristo.
Confirmai-nos na caridade
que supera todo o bem,
difundida no nosso coração
pela graça inefável do Espírito Santo.
Iluminai, Senhor, os nossos pastores,
para que, unidos à Sé de Pedro,
dêem novo impulso
à evangelização no mundo.
Alente a nossa oração
à intercessão materna
de Maria Santíssima
e dos Santos, nossos protectores.
Ámen.